Policiais morrem mais por suicídio do que em confrontos
- Dra. Ticiana Paiva
- 15 de jan. de 2020
- 1 min de leitura
Essa semana foi noticiado sobre Serviço Psicológico que será implementado dentro do 3º Batalhão da PM de Cuiabá.
Durante a inauguração, o coronel Wankley Rodrigues, do Comando Regional de Cuiabá (1ºCR), destacou a importância de ampliar os serviços preventivos e dar suporte aos policiais que passam por problemas de depressão e outros transtornos.
“O policial tem a síndrome de super-homem e é cobrado da mesma maneira”, observou, lembrando que, assim como todos os seres humanos e trabalhadores, os agentes de segurança adoecem e precisam de atendimento.
Segundo o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2018 foram 104 policiais civis e militares que cometeram suicídio. Esse número revela que há mais mortes por suicídio do que óbitos em operação.
O fenômeno também ocorre em países como o EUA, de acordo com a Ruderman Family Foundation.
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde) a profissão de policial é a mais estressante do mundo. Níveis elevados de pressão combinado com a imagem de herói que o policial constrói de si mesmo, daquele que não pede ajuda e é imune ao sofrimento, e que também é cobrado da sociedade, inclusive dentro da organização, são elementos que denotam o problema enfrentado.
Mesmo contando com Centros de Atenção Psicológica e Social (CAPS) e Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS), a falha do Estado em não garantir o acesso aos serviços Psicológicos para essa categoria profissional na maioria dos estados brasileiros agrava ainda mais situação.

Leia a entrevista do Coronel da PM José Jonildo de Assis:
https://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=465380&edt=25¬icia=comandante-geral-planeja-auxilio-psicologico-em-batalhao-da-pm-e-cita-estresse-da-profissao&edicao=3
Comments